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Relatório - Cruzamento de drosófilas - 15/04/24

Atualizado: 6 de mai. de 2024

  Trabalho realizado por: Inês Pais, n°8; Juliana Godoy, n° 11; Matilde Simões, n° 22.

T: 12° (A), grupo 3.


 No âmbito da disciplina de biologia do 12º ano, a turma A da escola Secundária Quinta do Marquês de Oeiras juntou-se com o ITQB e criou um projeto ESQM. O Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier (ITQB/NOVA) é um centro de investigação académico da Universidade NOVA de Lisboa. O seu objetivo é realizar pesquisas científicas e ensino de pós-graduação em química, ciências da vida e tecnologias associadas, para o benefício da saúde humana e do meio ambiente.

Para realizar este projeto requeremos a ajuda de uma investigadora do ITQB, a Drª Fátima Cairrão, que realiza a sinalização Celular em Drosophila Melanogaster

Este projeto baseia-se em estudar a transmissão das características hereditárias das drosófilas.


As drosófilas são ainda hoje um excelente material biológico para experiências ao nível da genética por reunirem uma série de características que facilitam o trabalho de investigação, tais como: dimensões reduzidas, elevada taxa de fecundidade, descendência numerosa e um genoma pequeno e descodificado. A Drosophila melanogaster apresenta um ciclo de vida diploide e com duração de 12 dias, além de apresentar um cariótipo com 4 pares de cromossomas (3 pares autossómicos e 1 par sexual). 

Thomas Morgan, um geneticista norte americano, realizou estudos utilizando drosófilas para investigar os padrões de herança genética. Estes estudos levaram Morgan a concluir que o gene responsável pela cor dos olhos das drosófilas estaria ligado ao sexo, pelo que deveria estar localizado nos cromossomas sexuais - cromossoma x. Comprovou assim, a teoria cromossómica da hereditariedade. As fêmeas possuem xx - verdadeiros homólogos. Os machos XY, não apresentam genes correspondentes - não são verdadeiros homólogos.

A distinção entre machos e fêmeas é feita com base nas seguintes características: Os machos apresentam um abdómen arredondado, um pente sexual e as últimas bandas pigmentadas do abdómen fundidas. Já as fêmeas apresentam um abdómen afilado com bandas pigmentadas do lado dorsal distintas, não apresentam pente sexual e são maiores que os machos. A forma selvagem da drosófila corresponde à forma predominante da Drosophila melanogaster na natureza e apresenta os olhos vermelhos com asas lisas. Qualquer variação hereditária à forma selvagem denomina-se forma mutante, que no trabalho apresentavam olhos brancos e asas enrugadas. 




Procedimento:


1 - Colocou-se um tubo de ensaio fechado com drosófilas fêmeas, de olhos brancos e asas enrugadas, no gelo durante 4 a 5 minutos para poderem adormecer;

2 - Depois do tempo esperado, retirou-se o tubo de ensaio do gelo;

3 - Abriu-se o tubo de ensaio e colocaram-se as drosófilas sobre uma placa de petri para as observar à lupa;

4 - Com a ajuda da luz da lupa, separaram-se com um pincel fino, 10 fêmeas e colocaram-se, com a assistência de um funil, num tubo de ensaio vazio que foi fechado no final, repetiu-se esse processo com mais dois tubos;

5 - Colocou-se num tubo de ensaio 10 drosófilas machos, de olhos vermelhos e asas lisas, e fechou-se o tubo.

6 - Posteriormente, juntou-se esse tubo aos outros 3 tubos de ensaio, contendo 10 fêmeas cada, no gelo durante 4 a 5 minutos para as drosófilas adormecerem.

7 - Retiraram-se os 4 tubos do gelo e abriu-se o tubo dos machos para expormos os machos sobre a placa de petri e observar à lupa, como foi feito anteriormente com as fêmeas;

8 - Com a ajuda de um pincel fino separaram-se 10 drosófilas machos e colocaram-se em cada um dos tubos com as drosófilas fêmeas com a assistência de um funil;

9 - Para concluir a experiência, foi colada uma fita adesiva para identificar o conteúdo dos três tubos de ensaio.




Conclusão:


Por fim, gostaríamos de concluir que a 1° sessão do projeto revelou-se uma experiência edificante. A oportunidade de presenciar em primeira mão as experiências das drosófilas com a ajuda do professor de biologia e da cientista Fátima Cairrão foi uma experiência enriquecedora, pois até então só tínhamos trabalhado com o simulador online de cruzamento de drosófilas. A interação e orientação da cientista acabou por nos ajudar a entender sua área de especialização e o trabalho que realiza. De modo geral, o trabalho experimental correu bem e conseguimos cumprir os objetivos propostos para a tarde de sexta-feira. 




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© Nuno Meia-Onça - Saladasciências

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